sexta-feira, 23 de março de 2012

Setorial Indígena apresenta colegiado e representantes para Conselho municipal de Cultura


Porto Velho possui quatro aldeias indígenas em seu território e elas terão representação ativa no Conselho Municipal de Cultura e estarão presentes na Conferência municipal de Cultura que acontece nos dias 30 e 31 de março, no Teatro Banzeiros. De acordo com Antenor Karitiana, presidente da associação Karitiana e da Comissão dos Povos Indígenas do Estado de Rondônia, no dia 28 estes povos vão definir propostas que mantenham viva a questão da dança, música, linguagem, crença, artesanato, enfim todas as manifestações culturais indígenas. “A criação da lei municipal é um avanço do município voltado para a cultura indígena”, afirma.

Durante um mês, a Câmara Setorial da Cultura Indígena se reuniu com representantes da Fundação Cultural Iaripuna para ver sobre o funcionamento do colegiado e o conselho, mobilizou e elegeu 14 representantes (colegiado) indígenas de quatro povos: Cassupá, Salamãe, Karipuna e Karitiana.


Antenor Karitiana, presidente da associação Karitiana e da Comissão dos Povos Indígenas do Estado de Rondônia, explica que em cada reunião houve a necessidade de coordenar especificidades de cada povo, no intuito de obter maior participação. “Para fazer esta eleição do colegiado é preciso à representação de todos. Os Karitiana e Karipura possuem as sedes de suas associações dentro da cidade. Já os Cassupá e Salamãe possuem um grupo que está localizado no Km 8 da BR 364 sentido Ariquemes, possuem associação, mas ainda estão buscando um local mais acessível”, disse.

Os sete titulares e seus suplentes são: Milena Karitiana, José Basseje; Antônio José Karitiana, Alberto Karitiana; Cizino Dantas Morais, Inácio Karitiana; Batitu Karipuna, Tuberin Karitiana; Clovis Fernandes Cassupá, José Inácio Cassupá; João Baqueque, Helena Cassupá. Como conselheira e suplente ficaram respectivamente: Laura Oliveira Karitiana e Antenor de Assis Karitiana.


Memorial
Antenor Karipuna disse que a criação do Memorial dos Povos Indígenas é uma das ações que eles desejam. “Queremos que não seja um espaço só de lembrança, mas da cultura viva, onde tenha a participação ativa de todos os povos do município com a apresentação de danças, ritos, exposição de artesanato e pintura corporal”, conta.

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Por: Rebeca Barca
Fotos: Medeiros

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