sexta-feira, 10 de julho de 2009

Entrevista com o vocalista da Banda Soda Acústica: Rinaldo Santos

Em clima de contagem regressiva para o show de lançamento do primeiro álbum da banda Soda Acústica, que acontecerá no próximo dia 01.08, no Mercado Cultural de Porto Velho, Rinaldo Santos, vocalista da banda, falou ao Blog Tá pra parir sobre suas experiências musicais, processos de criação, novidades do novo álbum, cenário musical brasileiro atual, entre outros assuntos. Confiram!

TÁ PRA PARIR: Quando começou sua relação com a música? Antes da Soda, você já trabalhava nesse ramo?
RINALDO SANTOS: Eu já toquei em algumas bandas em São Paulo, nada profissional.

TÁ PRA PARIR: A propósito, como surgiu a Banda?
RINALDO SANTOS: Surgiu na UNIR. Falávamos muito sobre música e literatura. Sabíamos que todos tocavam violão e resolvemos ensaiar pra ver se rolava alguma afinidade. Rolou.

TÁ PRA PARIR: Possui alguma formação na área musical? Qual?
RINALDO SANTOS: Eu sou autodidata. Sempre me interessei e corri atrás do conhecimento e da prática. Mas, já cheguei a iniciar o curso de graduação em Musicoterapia. Fiz dois períodos. Atualmente faço Licenciatura em Música pela UFRGS/UNIR.

TÁ PRA PARIR: Você compõe também, além de tocar? Como é o seu processo composição?
RINALDO SANTOS: Sim, componho. O meu processo de criação é bem irregular. Tenho períodos em que componho bastante e outros em que me esforço e... nada. É irregular também o modo como componho. Uma canção pode começar pela letra, pela melodia, pelo tema, pode vir de alguma idéia estética relacionada às outras artes, como pintura, escultura, cinema, etc.. Enfim, surge a vontade de fazer uma música e eu tento. Mais importante que tudo isso é fazer com disposição e encarar como um desafio, de encontrar novos caminhos, novas formas. Quando digo “novos”, são para mim mesmo. Não quero reinventar a pólvora, só quero descobrir, conhecer, ir até onde posso.

TÁ PRA PARIR: Em qual função artística você se considera mais maduro? Como compositor ou como intérprete? Por quê?
RINALDO SANTOS: Sou menos imaturo como compositor. Como intérprete, não consegui me encontrar, tenho sempre a impressão de que sou muito negligente, descuidado, sem muito comprometimento. Quanto a compor, sou muito mais exigente comigo.

TÁ PRA PARIR: Quais são suas perspectivas com a gravação do CD?
RINALDO SANTOS: Tenho a perspectiva de conseguir, através do CD, demonstrar que estamos dispostos a encarar desafios, de buscar novos modos de fazer música, de forma digna e franca. Queremos compartilhar, mostrar o que fizemos, e deixar uma insinuação do que podemos fazer.


TÁ PRA PARIR: A banda pretende realizar shows em outros Estados? Quais?
RINALDO SANTOS: Sim, pretendemos. Temos algumas apresentações agendadas no interior do estado. Gostaríamos de também tocar pela Região Norte. Temos alguns contatos com o Acre, vamos ver se dá certo.

TÁ PRA PARIR: O que o público pode esperar desse novo trabalho da Soda? Há novidades em relação ao repertório?
RINALDO SANTOS: Tem novidades. A maioria das músicas são as que já tocávamos nos shows, mas tem algumas novidades.

TÁ PRA PARIR: Como você classificaria a Soda, no cenário musical brasileiro?
RINALDO SANTOS: Acredito que estamos tentando compreender o momento de transição em que vive o mercado fonográfico e a realidade comercial da música. Sempre buscamos a autonomia criativa, sempre quisemos ser autênticos, e nunca tivemos sonhos quanto ao estrelato. Hoje, tudo fica mais claro, acredito que estamos indo na direção certa, mais realista, mais ajustada ao novo perfil de artista: o “artista independente”. Também não queremos ir ao extremo de acreditar que esse novo artista não precisa de uma produtora ou de uma gravadora. Acreditamos que o artista deve estar assessorado por uma equipe profissional, em que todos trabalham, cada um em sua área, tudo depende muito da oportunidade de trabalho. Temos que nos adaptar ao projeto, nos ajustar aos recursos.

TÁ PRA PARIR: Quais são suas influências musicais e de que forma elas influenciam no seu trabalho com a Soda?
RINALDO SANTOS: De um modo ou de outro, tudo me influencia. Não tem um artista em especial que eu siga sua influência, tem momentos, obras, etc., de todos eu sugo um pouco (muito).

TÁ PRA PARIR: Tens algum projeto ou trabalho artístico paralelo ao Projeto da Banda? Quais?
RINALDO SANTOS: Eu fiz alguns trabalhos na criação de trilhas sonoras de espetáculos de teatro, dança contemporânea, cinema. Já publiquei o livro de poesia “Embaraço Rapsódico” pela Editora da UNIR. Sou também, integrante da ACME, um coletivo de artistas, com vários trabalhos reconhecidos nacionalmente e também no âmbito internacional.
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Foto: Assessoria

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